Enterro e dor
Foi enterrado no final da tarde desta terça-feira, o corpo do menino João Roberto, de apenas três anos. Ele foi morto a tiros por policiais militares quando passava de carro com a mãe e o irmão por uma rua do bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio, domingo à noite.
A polícia militar diz que houve um tiroteio e que o carro onde estava o menino ficou no meio do fogo cruzado. No entanto, imagens do circuito interno de TV de um prédio próximo ao local do crime desmentem essa versão.
O menino foi enterrado com a roupa do personagem “homem-aranha”. A fantasia seria usada por ele no próximo dia 29, data em que João comemoraria os seus 4 anos. A família também decidiu doar as córneas do menino. Como ele sofreu uma parada cardíaca, os outros órgãos podem ter sido afetados e, por isso, não puderam ser aproveitados.
À noite, o governador do Rio, Sérgio Cabral, determinou a expulsão dos dois policiais acusados de atirar contra o carro da família de João Roberto. O governador chamou os PM’s de "insanos" e "débeis mentais". “Vamos expulsar os policiais sempre que eles não se comportarem dignamente”, disse o governador. O delegado que investiga o crime indiciou os policiais por homicídio doloso qualificado - quando há intenção de matar e sem dar chance de defesa à vítima.
Por sua vez, o Ministério Público já pediu à justiça a prisão temporária deles. Por enquanto eles estão presos apenas administrativamente.
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1 comentários:
Raquel,
aqui parece o contraste que há no Brasil.
cativante e criminoso. A imagem da menina é singela também . O crime é o que se comete contra a vida dessas mesmas crianças.
@h!br@ços,
tadeu filippini
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