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Amor e Sexo
O primeiro amor...
E as razões pelas quais ele é simplesmente inesquecível
Por Lívia Diniz • 21/04/2008

O primeiro amor... > Primeira decepção também
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Por Lívia Diniz • 21/04/2008

Não são boas as lembranças que a médica Gabriela Freitas, 30 anos, tem do seu primeiro namorado. Muito romântica, ela só começou a namorar tarde, aos 19 anos, quando encontrou uma pessoa que parecia especial. Mas o príncipe encantado logo virou lobo mau. Além de forçá-la a transar com ele, o rapaz fazia tortura psicológica com Gabriela, ameaçando abandoná-la, provocando ciúmes e a deixando numa insegurança permanente. "Quando se é nova, inexperiente, a gente acaba aceitando muitas coisas. Eu gostava dele e ponto, não queria perdê-lo. Eu não percebia o quanto ele me fazia mal", reconhece Gabriela, que ficou nessa relação por quase dois anos.

A médica afirma que o trauma persiste até hoje - não consegue relaxar quando algum homem tenta se aproximar e seus outros namoros foram atrapalhados por uma insegurança profunda. Para ela, o primeiro amor foi a primeira de grandes decepções afetivas. Entretanto, Gabriela sabe que só ela pode mudar essa rotina. "Precisei de muito tempo para perceber o quanto aquele relacionamento me marcou e até hoje atrapalha minhas tentativas de namoro. Depois dele, nenhuma relação minha durou mais que seis meses. Agora estou me tratando para conseguir confiar mais nos outros. Afinal, já sou uma balzaca, né? Quero casar", diz, bem-humorada.

O primeiro namorado é a piração. Nele, há um sentimento muito forte, mas condicional, que depende de muitas coisas, diferentemente dos pais que oferecem o amor incondicional


A primeira vez deles

Até para os homens o primeiro amor é marcante. "É a primeira vez que você vira um panaca e não sabe o que fazer, dizer, e como agir na frente de alguém. É desesperador perceber que você está assim. Porque seus amigos da escola, se não estão no mesmo clima que você, acabam brincando e isso para um garoto é péssimo", admite o fotógrafo Rodrigo Lima, 27 anos, que fez suas estréia no mundo dos apaixonados aos dez anos. O objeto do desejo era uma coleguinha da escola, que não dava muita bola para ele.

A importância do primeiro

Além das lembranças que serão levadas por toda a vida, o primeiro amor é fundamental para o desenvolvimento da afetividade e sexualidade das pessoas. Afinal, trata-se do contato inicial com um sentimento intenso como o amor, mas exercitado de uma forma diferente da que o adolescente lida. "Ele só conhece o carinho pelos pais, familiares e amigos, que é uma sensação mais tenra. Com o namoradinho não, é algo que, naquele momento, não se consegue explicar, definir", afirma a psicóloga Sandra Castro. A colunista do Bolsa de Mulher e também psicóloga, Eda Fagundes, concorda. "O primeiro namorado é a piração. Nele, há um sentimento muito forte, mas condicional, que depende de muitas coisas, diferentemente dos pais que oferecem o amor incondicional. É algo muito novo para eles", explica.

É no final da infância e no início da adolescência que geralmente as pessoas descobrem esse sentimento e têm que lidar com a aceitação. "Ser aceito ou não pelo outro faz muita diferença na vida afetiva. É dali que a pessoa vai tirar a experiência e tudo pela primeira vez é complicado - você não sabe o que é aquilo, se vai gostar ou não", afirma Eda. É por esta razão, misturado à imaturidade, que as paixões adolescentes costumam ser tão intensas. "Sobram impulsividade, sensibilidade e dramaticidade. É comum encontrar muitos jovens com depressão e tendência a suicídio por causa de relacionamentos mal-resolvidos. A pessoa acha que não vai suportar aquela decepção", complementa a psicóloga.
Eda costuma dividir o primeiro amor em platônico e "realizado", isto é, quando realmente há correspondência de sentimentos. Ambos são importantes, mas o primeiro indica que a afetividade existe, mas o indivíduo ainda não está pronto para aquela relação. Só é preciso atenção se a "platonice" ocupar o lugar da realidade. Neste caso, o amor pode virar fixação.


As especialistas garantem que a primeira paixão, seja ela positiva ou não, não define o ritmo das futuras relações afetivas, apenas influencia. Na realidade, o primeiro e todos os outros amores são experiências que vão se somando, são formas de aprendizado. Mas, como tudo feito pela primeira vez é complicado, as inseguranças, os erros e acertos fazem parte. "Essa época é puro sentimento, não há racionalidade. É importante levar em consideração que amar dá medo", conclui Eda. É, se amar é tão complicado até hoje, que dirá na primeira vez... E a sua, como foi?



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